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Alongamento – Benefícios ou malefícios

Essa é uma das questões mais discursivas atualmente na Ed. Física, então opiniões não são bem vindas.

“Recentemente, Ercole Rubini, fisioterapeuta e professor de educação física e coordenador do laboratório de fisiologia do exercício na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, apresentou, em congresso americano sobre esportes e medicina, resultados de estudos que comprovam que o alongamento muscular feito antes das atividades pode diminuir o desempenho do atleta em até 12%.
Michelle Waitman, fisioterapeuta especializada em postura e chefe do serviço de fisioterapia do Projeto Afrodite do departamento de ginecologia endócrina e climatério da Unifesp-EPM (Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina), concorda com o professor da Estácio de Sá e acredita que as atividades de alongamentos estáticos antes dos exercícios só são recomendadas por profissionais que ainda não se atualizaram ou que não compartilham da mesma opinião: “O alongamento deve ser realizado rotineiramente. Permite a manutenção e até ganho de uma boa amplitude das articulações, além de manter músculos, tendões e fáscias com boa flexibilidade. E não é que os exercícios do tipo estático sejam prejudicais ao corpo, apenas que não promovem benefícios quando realizados antes da atividade física”.

Lesões e discordâncias
Em artigo científico publicado na Sports Medicine, Rubini escreveu que o alongamento estático não é capaz de prevenir as lesões musculares. “Essa recomendação jamais teve um respaldo científico. Pelo contrário, Alguns estudos até chegam a verificar que os nociceptores, que são responsáveis por enviar sinais de estímulos dolorosos ou lesivos ao sistema nervoso central, ficam menos responsivos a esses estímulos após os alongamentos”, explica o fisioterapeuta carioca.
Mas a falta de mais pesquisas sobre o assunto faz com que ainda hoje haja muitos desencontros no que é recomendado por especialistas aos atletas e esportistas.

Marcelo Gomes Barroso Abrantes, 28 anos, professor de educação física e lutador de muay thai e boxe, campeão brasileiro de boxe chinês e bi-campeão estadual de boxe olímpico, por exemplo, diz que os alongamentos, mesmo estáticos, fazem parte da sua rotina diária de treinos: “Realizo, em média, 15 minutos de alongamentos antes de me aquecer e 25 minutos após treinar”, afirma o atleta que sabe que terá uma perda energética, mas que acredita estar mais prevenido contra as lesões.
Turíbio Leite Barros Neto, médico fisiologista e coordenador do Cemafe (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte), órgão ligado à Reitoria da Universidade Federal de São Paulo, colocou mais lenha nessa discussão ao afirmar em uma de suas palestras que o correto é mesmo alongar os músculos antes dos treinos: “Depois dos exercícios, eles ficam enfraquecidos e podem apresentar pequenas lesões”.

Fazer ou não
Enquanto a divergência de quando e qual alongamento é o mais aconselhado continuam, a certeza de que esses exercícios são vitais para minimizar os impactos sofridos pelo corpo durante as atividades físicas e para a manutenção da boa flexibilidade corporal é sustentada por todos os profissionais da área da saúde esportiva. Assim, antes de tomar qualquer decisão, converse com seu orientador físico ou fisioterapeuta e busque, com ele, o treinamento mais adequado a você e às suas expectativas. “Muitos conceitos ainda podem ser modificados na educação física, mas sem dúvida, o maior risco dos exercícios é não começar. Nada é mais perigoso do que o sedentarismo”, conclui Ercole Rubini.

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Uma resposta

  1. Em quem eu acredito, em alguém que não conseguia passar em nada e não era bom em nenhuma matéria na escola e colocou Educação Física no vestibular, ou num pesquisador? É difícil decidir…

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