Lino Villaventura entrou em clima da copa apesar da coleção ser para o verão, porém as cores são bem alegres lembrando roupas típicas da Africa e até dos animais da região como a Zebra como ficou caracterizado no palco e nas roupas. Sua credibilidade dispensa comentários, criando roupas para famosos como Xuxa e Hebe Camargo
“Lino Villaventura, nascido Antônio Marques dos Santos Neto, (Belém, 1951) é um estilista brasileiro. Começou sua carreira em 1978 e em 1982 lança em Fortaleza a marca “Lino Villaventura” em parceria com Inez Villaventura. Já em 1987 participa de eventos e exposições nacionais e internacionais mostranto seu trabalho. Em 1996 participa do Morumbi Fashion, que depois viria a ser o São Paulo Fashion Week. O estilista tem lojas próprias em São Paulo e Fortaleza, e também vende suas criações em lojas multimarca de Brasília, Rio de Janeiro, Vitória, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre.”
Review:
Por André Rodrigues (@randreh)
Mais do mesmo em mais um desfile autoral, que orbita no fantástico universo particular de Lino Villaventura. Surpresa zero, afinal o estilista tem sido assim, alheio, há muitas temporadas.
Não podemos tirar de Lino o mérito de ser um criador absolutamente original, mas nesta temporada podemos amenizar esse título: os efeitos sanfonados nos looks, por exemplo, já foram feitos muitas vezes, e com muito mais vanguardismo e primor técnico, por estilistas como Issey Miyake em sua coleção “Pleats Please”, do verão de 2001.
O desfile abre com uma promessa animadora de op art, em que as roupas se confundem com a passarela e vice-versa, mas o ânimo – ou melhor, a “Anima” da coisa – dura exatos quatro looks. O que vem depois é um combo (que poderia ter sido editado) das experimentações de Lino com tecidos nervurados, texturizados, amplos, fluidos, multicoloridos, pretos, brilhantes, translúcidos, luxuosos, glamourosos, teatrais.
Existe algo de África nas cores e nas cabeças que parecem turbantes, algo de festa junina nos patchworks, algo de Johnny Depp (nas lentes verde-água) interpretando o Chapeleiro Maluco em “Alice no País das Maravilhas”, de Tim Burton. As referências de Lino são grandiosas _sempre foram_ e devem agradar sua ampla clientela de mulheres endinheiradas, peruonas, que gostam de ser notadas, comentadas, aplaudidas por onde quer que passem.
Mas pra rolar essa conexão é preciso cair no buraco do coelho. Se joguem.
Cenografia: Graça Borges
Diretor de casting: Augusto Mariotti
Diretor de desfile: Paulo Borges
Produção executiva: Inez Villaventura
Stylists: Lino Villaventura e Regis Vieira
Make up & hair: Marcos Costa
Trilha sonora: Felipe Venâncio
Fontes: